Comida crua, ou raw food, é tendência mais que consolidada em Londres, e o Raw Dining Club está aqui para comprovar. A mente por trás do evento de comida crua-vegetariana em Londres é Simon Beswestherick, que começou a inventar receitas em casa para seu próprio consumo, a partir de uma recomendação médica para comer mais alimentos crus.
Suas criações nada triviais ganharam uma conta no Instagram que fez tanto sucesso que uma seguidora de Milão o convidou para desenhar o cardápio do restaurante que ela estava para abrir na cidade. Ele fez as malas e passou 2 meses na Itália desenvolvendo novas receitas. De volta a Londres, resolveu criar seu próprio evento de comida crua, o Raw Dining Club, em parceria com uma sócia, Paula Collins. O formato segue outra tendência forte em Londres: a dos pop-ups, eventos temporários ou esporádicos.
Por que comida crua?
Segundo Simon os benefícios da comida crua são muitos: “quando a comida é aquecida a uma temperatura superior a aproximadamente 42°C, as enzimas, vitaminas e outros nutrientes presentes naquele alimento perdem suas propriedades. A idéia subjacente da comida crua é a de consumir alimentos na sua forma mais pura. Os crudívoros também acreditam que, eliminando elementos que deixam o organismo mais ácido – tais como açucar, álcool, fritura e produtos de origem animal -, podemos re-equilibrar o pH do corpo, deixando-o mais alcalino. Além de tudo, a comida crua é livre de qualquer aditivo prejudicial à saúde.” Ele conta que a incorporação de alimentos crus na sua alimentação teve efeitos positivos na digestão, na pele e na qualidade do sono. Minha disposição aumentou”, diz Simon. Ele garante que ninguém vai embora com fome.
Apesar de não ser sua ocupação principal (ainda!), Simon se dedica cada vez mais ao raw food. Fez um curso na academia raw de Matthew Kenney na California e começou a dar aulas em Londres.
O menu muda a cada edição, mas fazem sucesso os “kale chips” – couve temperada e desidratada (a 42°C) que vira um salgadinho crocante -, os cogumelos marinados com recheio de pesto, e os zoodles (espaguete de aboborinha) com ‘almôndegas’. Mas, segundo Simon, o que mais entusiasma as pessoas são as sobremesas, como os cheesecakes de chocolate e chilli e de limão e rosas, que fizemos com castanha de cajú em vez de queijo cremoso.
Próximo evento
O RDC acontece na última 6ª feira de cada mês. “Temos um local habitual, mas também vamos aparecer em pontos diferentes da cidade, de tempos em tempos”, diz Simon. A edição de fevereiro do será toda uma experiência: o jantar será em uma igreja em Marylebone, bairro central cheio de charme, com um DJ animando a noite. #SóEmLondres
Cada evento comporta entre 30 e 40 pessoas, dependendo da capacidade do local. Os eventos anteriores tiveram ingressos esgotados, por isso é essencial reservar com antecedência. O cardapio é pre-estabelecido e o preço (£35) inclui um welcome drink e quatro pratos diferentes. O jantar é 100% cru e vegano e cada um pode trazer a sua própria bebida, alcoólica ou não.
Anote na agenda a data do próximo evento 27 de fevereiro. Veja mais fotos dos pratos super coloridos e as datas dos próximos eventos na página do RDC no Facebook e no Twitter.
'Um jantar diferente: comida crua gourmet' has 1 comment
16/02/2015 @ 2:20 pm Dalia
Adorei esse post. Raw food é um tema bem legal. Afinal, somos o que comemos.